domingo, 21 de maio de 2006

 

Aquele Olhar!...








 Ela ia num autocarro e teve uma troca de olhares com uns lindos olhos verdes…



 Mais tarde encontrou-o num baile, dançaram toda a tarde, com muitas pisadelas.



 Descobriram que eram vizinhos e, a partir daí, nunca mais se largaram.



 Surgiu o primeiro beijo, estavam deitados na praia, foi no braço e ela ficou arrepiada, era o seu primeiro amor.



 Ele foi para longe para a tropa, trocaram cartas de amor e a distância ainda fortaleceu mais o amor.



 Ele regressou e, mais tarde, casaram numa linda igreja e juraram amor eterno. Vieram quatro rebentos, dois deles gémeos, e a felicidade sempre os acompanhou. Ela teve um grave problema de saúde e ele esteve sempre ao seu lado.



 Foram passando os anos, festejaram vários aniversários de casamento, os filhos já são lindas mulheres e lindos homens. O olhar deles quando se encontra ainda faísca e ainda murmuram gosto de ti um para o outro. Agora o sonho deles é acompanharem-se pela vida fora, e aproveitar a vida, até ao fim dos seus dias e, enquanto os olhos estiverem abertos, mesmo que seja através das lentes, trocarem um olhar como no primeiro dia.





O casamento é um edifício que deve ser reconstruído todos os dias.

(André Maurois)