quarta-feira, 23 de setembro de 2009

 

Repressão, opressão, … Não!




Manuela M. Guedes, jornalista irreverente, lutadora, mãe, esposa, mulher!

Uns gostam dela e dizem, outros gostam mas nada dizem e há quem não goste nada.

Eu sempre gostei dela como jornalista, gosto de pessoas com garra, sem papas na língua, sem medos. Já a vejo há muitos anos na TV desde o tempo em que se apresentava: - Eu sou a Manuela Moura Guedes.

Era uma imagem de marca. Ainda há pouco, na revista TV7 dias, foi eleita pelos leitores como a melhor jornalista.

Acho que as notícias são alinhadas por um chefe de redacção e os jornalistas limitam-se a dar as mesmas. No caso da Manuela a situação era diferente e o seu “Jornal Nacional”, com o caso da “Freeport”, a pesquisa e o seu desenvolvimento era estabelecido por ela, com anuência clara do chefe de redacção. Era um Jornal polémico que incomodava o poder na pessoa do seu primeiro-ministro e como tal era um alvo a abater.

O Jornal de Sexta tinha altas audiências e isso dava muito jeito à TVI para se manter no topo mas os poderes ocultos tudo fizeram para apagar de uma vez por todas a voz que incomodava o poder.

E veio a cereja em cima do bolo. Com a saída de José Eduardo Moniz da Direcção da TVI ficou aberto o caminho para calar Manuela Moura Guedes. E assim, os espanhóis amigos de Zapatero que por sua vez é grande amigo de um primeiro-ministro de uma república das bananas, afastaram de imediato a jornalista e suspenderam o “Jornal Nacional” nos moldes editoriais que funcionava, e começa a “tortura” para Manuela, que é usual nestes casos, a colocação numa prateleira dourada sem nada para fazer, para a desgastar psicologicamente e assim obrigá-la a pedir a rescisão do contrato.

Apesar deste governo e principalmente o 1º ministro ter dito que nada tem a ver com o caso, não há dúvida que foi um favor dado pelos espanhóis da Prisa, pois Sócrates considerava este Jornal o inimigo público nº1 da sua pessoa. A altura não foi a mais adequada, pois estamos em alturas de eleições, mas a memória do povo é curta e agora tudo está esquecido, excepto para a jornalista que pagou com o seu lugar o facto de manobrar no lodaçal dos interesses de gente que pensa que são os reis do mundo, só porque estão em lugares de poder.

É uma vergonha o que fizeram. Espero que venha o fim da opressão, da repressão, que haja liberdade de expressão, e que o fascismo nunca mais volte!

Força Manuela Moura Guedes!